Ohh Canada

Por Luiz Gustavo Freire

“Beautiful things don’t ask for attention” James Thurber

Essa foi uma das grandes lições que aprendi em Vancouver, mas daqui a pouco eu retomo essa citação. Aliás, foram graças às lições “supostamente” aprendidas no Canadá, e ao meu grande amigo Gabriel Neri, que fui motivado a criar esse blog e retratar as minhas experiências e impressões.

A minha paixão e vontade de conhecer o mundo não nasceu do dia para a noite, ela foi plantada e cultivada durante a minha estada na capital internacional do Hockey.

canucks
Henrik Sedin comandando o ataque do Vancouver Canucks.

Estudei inglês por três meses, e trabalhei em uma agência de turismo por outros três. Foi nesse último período que a minha percepção sobre a viagem passou a se transformar. Eu comecei a viajar mais e a absorver uma fatia maior da cultura canadense. Nada contra a escola em que estudei, mas meu aprendizado, tanto da língua inglesa, quanto dos meus desenvolvimentos cultural, pessoal, e profissional foram bem superiores durante o meu estágio na West Trek Tours.

O convívio constante com canadenses, na minha opinião, foi essencial para uma evolução das minhas competências e habilidades. Se uma de suas metas ao viajar, caro leitor, for se familiarizar de forma mais profunda a determinada cultura, recomendo fortemente uma vivência constante com residentes locais e nativos da região durante sua estada. Esse convívio dá um verdadeiro tackle em preconceitos criados em sua terra natal, e contribui bastante para “abrir” sua cabeça.

Vale ressaltar que o motor propulsor da decisão de ter essa experiência internacional não deve se um aprimoramento de curriculum. O desejo de expandir seu horizontes e ter contato com o desconhecido precisa partir de um anseio pessoal, que no meu caso foi construído durante minha aventura em terras canadenses.

Inicialmente, quando eu e meus pais estudávamos cidades para realizar o intercâmbio, confesso que Van City não me animou muito. Eu me imaginava em um grande centro de influências que possuísse o inglês como língua mãe, como Nova Iorque, Londres, Los Angeles ou São Francisco, todavia, após a indicação de um grande amigo meu, o Lucas Louro, embarquei nessa aventura.

Foi somente em Rain City que descobri a beleza impregnada no Canadá. Retomo nesse momento a citação de James Thurber. Para mim, ela age em nosso sistema inconsciente de expectativas. Vancouver nunca chamou a minha atenção, entretanto me apaixonei por ela como nunca dantes por uma cidade, da mesma maneira com que Orfeu se encantou por Eurídice. Eu sabia as regras básicas das básicas do Hockey no gelo, hoje sou um torcedor assíduo do Vancouver Canucks.

poutine
Com origens em Quebec, o Poutine é considerado um dos pratos mais tradicionais do Canadá.

Quando vejo uma porção de batatas fritas, me pergunto por que não as fazem com queijo e as mergulham em um delicioso molho de carne, como o Poutine canadense. Ao me deparar com as padarias paulistanas, fico desapontado ao imaginar que aquele estabelecimento poderia ser uma grande e nem sempre bonita unidade do Tim Hortons. Devo admitir também que sinto falta daquela chuvinha fina e constante, que mantinha o ar sempre limpo e despoluído.

Enfim, se um dia eu me mudar de São Paulo por algum motivo meu destino será Vancouver. Espero, também, mudar essa minha opinião após meu novo intercâmbio para Cingapura.

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